Monday, July 07, 2008

O meu poema Destino interpretado pela Otília Costa

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DESTINO

Atravessei a rua e deixei cair o saco das notícias.
A minha vida espalhou-se e rolou pelo passeio.
Foram pedaços de ternura que se partiram no chão frio e
canções de tristeza que embalaram a estrada de asfalto.
Sem rumo pedi boleia ao cair da noite...
Entrei no camião de esperança que se conduzia com velocidade.
Acelerei no destino sem noção do abismo.
Sem saber que orientação levava aceitei a boleia.
Hoje vivo no pântano onde o arco íris aparece frequentemente
Porque faz sol e chuva ao mesmo tempo.

A Sara e o Igor declamaram o meu poema Encantamentos com uma música lindíssima composta por eles. Obrigada. Adorei!

Sara e Igor na Feira do Livro da Maia

ENCANTAMENTOS

No embaraço das linhas enoveladas dos dias
Começo a desfiar horas de fazer conta de cor,
Com contas aos segundos e contos às ausências,
Enovelo a história dos desencontrados momentos.
Num desfiar de enredos pessoais e intransmissíveis
Escrevo contos que apanho com as agulhas,
Enquanto fazes as contas ao preço do novelo
que carrego ao colo para trabalhar o teu corpo.
E continuo a dar pontos na malha de te aquecer
Enquanto contas quantos dias eu consigo permanecer sentada.
Eu luto com as posições cansadas e os olhos gastos
E fazes contas às horas como perdas de tempo...
Mas eu faço encantamentos para te oferecer no frio.

Sunday, July 06, 2008

"Quem olha para fora sonha; quem olha para dentro acorda." (C. G. Jung)

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Feira do Livro na Maia

Foi ontem na Feira do Livro da Maia que estiveram a Otília e Ruben a fazerem dramatizações de poesia e a Sara e o Igor com as suas adaptações e interpretações musicais de poesia.
Para semana vai haver desgarrada de poesia na sexta-feira à noite, vale a pena ver!

Friday, July 04, 2008

PARTIDA

Na partida das mãos versáteis e apertadas
Sente-se a febre do sexo quente e febril.
Na emoção do abraço que se transforma
Em pesar de horas contadas e perdidas,
Reza-se o último desejo fugaz da despedida.
Fecha-se a porta da mala da fantasia perfeita
Um segundo mais de felicidade que perdura
E fecha-se a porta… Fecha-se o pôr -do –sol
Dos versos simples sem tesouros descobertos.
As moedas de ouro gastaram-se com as contas
Dos dias sem calendário na erosão das palavras.