DISTANTE
Conheço o sol das pedras da calçada e só sinto a chuva que derrapa nos meus pés. Sinto o frio da rua que amanhece com o desprezo dos teus olhos. Os carros transportam-se como espectros que vagueam pelas sombras. Dejectos do teu percursso caem por varandas fictícias. Os prédios continuam inertes à volatilidade do teu corpo. Eu não atravesso a rua porque o passeio do outro lado é cimento e o frio gela-me os ossos.
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