AUSÊNCIA...
O amor desfez-se em espuma que banhou o teu corpo.
Trouxeste e levaste o rubor das telas pintadas por ti.
Agora vejo os quadros que deixaste nas minhas mãos,
E vou mergulhar na água sem a espuma de ti.
Quando a espuma tem o teu sabor
A minha boca desfaz-se no teu jardim
Pede-me o corpo o mergulho da tua flor
e as mãos que voltes espuma para mim.
No cansaço das horas vejo a ausência no espelho dos meus olhos.
A flor de girassol virou ao lado onde raia a fantasia do amarelo.
E eu? Mergulho nas folhas que sobram da ramagem perdida
Onde a espuma é miragem dos meus dias de terra.
Levo os teus beijos no regaço dos dias
Saltito as tuas cores nas horas e pinto na pele o teu minuto
mergulho o teu cheiro na minha maresia
e na ausência de relógio no tempo és o meu segundo.
Mónica Correia e Ana Mª Costa
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