OUTONO
Na fantasia amordaçada regresso aos olhos do tronco.
As ramagens dos teus braços trazem o outono a mim.
Sem flores nem frutos permaneces na minha pele assim.
Alastraste as raízes procurando o alimento do desejo,
E sugaste o amor que havia esquecido na secura do tempo.
Do tempo trago a voz dos dias e o ruído das horas
A contagem das ausências da flor no toque e o fruto na dor.
A ramagem que se entrelaça nos meus olhos e a estação que perdura.
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