RIO MORIBUNDO
Na suavidade e brancura da tua pele transparece o rio moribundo.
Já não corre pelas pedras nem atravessa a paisagem do teu percursso.
Já não chega à foz sem se desviar na procura e receio do anjo redentor.
Já não me refresca os lábios nas caminhadas que insisto em teu leito.
Já não me abre os braços como um porto seguro que sempre avistei e nunca senti.
Já não chego a tempo de encher o rio com água que trago nos olhos.
Na suavidade e brancura da tua pele transparece o rio moribundo.
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