TEMPOS DO DESEJO
As construções que inventamos nos espaços em branco do presente,
São presentes que edificamos na passagem de mais um dia…
São rasgos das mãos reprimidas que escondemos nos bolsos.
Dou as mãos às tuas letras
E as noites serão claras
Escolho-me nos tempos, largo-me do presente
E edifico-me no futuro
Que o verbo tem
Abraçarei as tuas palavras no colo dos dias
Esquecerei as regras presentes enquanto brinco com os sonhos nos dedos.
E conto nos dedos as histórias que fomos vivendo…
Vivo no presente sem o futuro do verbo receber.
Trago o rio do teu corpo nas minhas veias
E corre pelo leito e colo a palpitar de vontade.
Na foz desemboco nos teus braços diluídos de amor
E mergulho nas lágrimas das ondas salgadas.
Prendo-me nos desejos que fogem do futuro
Envio os dedos para as histórias que te contei
Sacudo das arvores o barulho do cair das palavras
E na queda pendura-se o verbo amar às veias dos galhos secos do presente.
Ana Mª Costa e Mónica Correia
1 Comments:
querida m,
agradeço os teus comentários, mas confesso que não entendi qual era o papel de fantasia a que te referiste...
adorei ler-te a 4 mãos com a ana maria
beijinhos
alice
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