ESPERA
Pesam-me os olhos na noite obscura e transparente de ausência,
Transporto alucinações doseadas em comprimidos que ingiro regularmente
Guardo no bolso o pulsar das tuas veias e lavo as minhas mãos do teu corpo,
Dispo a distância que nos acolhe no Inverno cansado e mutilado
E nua me deito nas palavras esquecidas esperando os retalhos
Que das tuas mãos se transformem e me cubram os braços cansados.
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