Wednesday, March 08, 2006

AINDA VIVO

Ainda vivo no teu abraço cansado,
e agarro-me a ele como uma imagem suspensa.
Ainda vivo no pesadelo acordado
a lucidez da morte anunciada.
Ainda vivo nos teus olhos moribundos
como um orgulho da tua passagem por aqui.
Ainda vivo nos teus braços mortiços
enquanto lutas para não nos abandonares.
Ainda vivo por entre os teus dias
enquanto morres nas minhas mãos.

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