Tuesday, August 15, 2006

AS MÃOS DESERTAS

Como se chegasses das terras da Transilvania
absorveste a essência do meu sangue puro de energia.
Como Drácula sugaste-me até secar o rio das minhas veias flamejantes.
Agoro corro no deserto, e a minha velocidade ultrapassa
o som da música que ouço na miragem do óasis.
Corro para não cair na areia quente dos teus olhos
E não me deixar enrolar nas tuas pernas movediças.
Fujo de tudo que me queima a pele e
cubro o corpo com o véu da terceira visão.
Danço a coreografia dos 7 véus no parágrafo da tua história...
enquanto bebes a água pura de outra bailarina.
Ensaio o olhar para as tuas mãos que
Não se atravessam no deserto das minhas.
E no objectivo salgado de apenas mais um dia,
Provo a água que me escorre dentro do copo...
E são lágrimas do suor do teu corpo
Que bebo refrescando os sentidos cansados.

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