Tuesday, February 13, 2007

ABANDONO

A pele na pele da transformação da chuva em suor do mar agridoce
Os olhos das folhas campestres que caíram nos meus pés de água salgada
Para navegarem num passado e presente interrompido de dias e horas contadas.
Velejei sozinha no céu acima dos mastros e lemes erguidos à grandiosidade azul
E voltei à ilha do sufoco escondido que desemboca no cais abandonado e marcado.
Atraquei o peito nú ao cartaz que anunciava o mar sereno, alaranjado e tardio
Mas as cordas soltaram-se e boiaram leves pela ondulação dos teus braços.
Afoguei-me na dor do teu corpo e remei ao abandono das tuas mãos paradisíacas.

2 Comments:

Blogger João C. Santos said...

doces que ficam as palavra
quando nos remetem à saudade

1:48 PM  
Anonymous Anonymous said...

mónica, gostava que aceitasse um beijinho especial.

(...)

2:52 PM  

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