ORAÇÃO
Na catedral onde todos rezavam sentados em tom de lamento
Eu mantive-me de pé sem proferir nada em qualquer momento.
Na oração todos pediam absolvições e perdões
Eu mantive-me sem arrependimento de sensações.
Na hora da comunhão organizaram-se religiosamente
Eu mantive-me inerte achando tudo decadente...
Não, eu não me ajoelho e não peço perdão.
Não trago pecados que necessitem de absolvição.
Trago na luta as folhas das árvores que me seivam a imaginação.
Trago caminhos cravados na pele que me oferecem a emoção.
Trago retratos nos bolsos rasgados pelo tempo da oração.
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