Sunday, September 30, 2007
ÓRACULO
Na espiral dos dias passam em trote o eco das palavras,
Tento acompanhar o passo de galanteio que fui esquecendo.
Uma rotina mordaz chega aos meus olhos e permanece
Gapoleia o invisível, o nada e ecoa sabores de tempo.
Onde está o óraculo silvestre que se deitou no meu colo?
Sunday, September 23, 2007
VOLTO
No caminho profícuo silenciaram-se as devotas palavras,
A fé dissipou-se na tortura da abstenção da escrita.
Apaguei os dias das folhas e inventei significados inversos.
Cataloguei o meu diário de vazio como a poesia do vento mudo,
Enfeitei as árvores de laços invisíveis de cetim poético,
Reguei as flores do nada e colhi as palavras sem cheiro para mim
Decorei os lugares de sempre com a voz vazia e provei o seu sabor.
O travo da oração redimiu-me o horizonte da escrita: volto…